domingo, 25 de agosto de 2013



Teu castigo 




Você parece um êxtase inebriante
Vive impregnando meus pensamentos
A todo instante e do nada,
Você surge espontaneamente.

A todo o momento eu te pressinto
Mesmo a distância, sua fragrância me embriaga
Renego-te, fujo por fobia da entrega
Porém o desejo aceita teu instinto.

Ao sorver aquela brisa leve
Sinto-te inebriar-me e como se atreves
Sequer desvencilho-me de tuas amarras
Sinto-me envolto em tuas garras.

Se de ti eu fugir freneticamente
Comigo segue seu calor ardente
A meu lado pressinto seu jeito envolvente
Que me queima como se fosse uma chaleira quente.

Então como fugir desse fogo ambulante?
Você me queima, me consome, é insolente
Sei que teus olhos faíscam domínio e terrorismo
Também teu corpo se tornou meu consumismo.

Deixa-me fugir sem me machucar
Só assim para eu sobreviver e me salvar
Tenha piedade deste caminhante inofensivo
Siga teu rumo e me poupe do seu castigo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário