Teu castigo
Você parece um êxtase inebriante
Vive impregnando meus pensamentos
A todo instante e do nada,
Você surge espontaneamente.
A todo instante e do nada,
Você surge espontaneamente.
A todo o momento eu te pressinto
Mesmo a distância, sua fragrância me embriaga
Renego-te, fujo por fobia da entrega
Porém o desejo aceita teu instinto.
Ao sorver aquela brisa leve
Sinto-te inebriar-me e como se atreves
Sequer desvencilho-me de tuas amarras
Sinto-me envolto em tuas garras.
Se de ti eu fugir freneticamente
Comigo segue seu calor ardente
A meu lado pressinto seu jeito envolvente
Que me queima como se fosse uma chaleira
quente.
Então como fugir desse fogo ambulante?
Você me queima, me consome, é insolente
Sei que teus olhos faíscam domínio e terrorismo
Também teu corpo se tornou meu consumismo.
Deixa-me fugir sem me machucar
Só assim para eu sobreviver e me salvar
Tenha piedade deste caminhante inofensivo
Siga teu rumo e me poupe do seu castigo.

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