Hoje eu me vejo de mãos atadas, não consigo fazer nada, pois o sistema em que fui criado não permite eu aplicar os minguados ensinamentos que meus pais me passaram. Por mais que eu tente, por mais que eu me invente, acabo ficando imobilizado, meus pensamentos sequer esboçam alguma reação, meus sentimentos esmorecem e perdem o pouco que ainda possuo de comoção. Aos poucos eu tento me habituar, me concentrar neste novo aprendizado, ao menos adentrar minimamente nas manias que hoje ditam as regras do dia a dia, entretanto não consigo aceitar tais adversidades, tamanhas barbaridades que permeiam as cenas da vida cotidiana. Estamos todos, sim todos, imbuídos nesta nova era, uma proposta que o planeta passa, sobretudo daquilo que somos e temos. Quanto mais eu me preparo para o futuro, mais me vejo entrando nas amarras do passado, tamanha é a descendência em permuta da benevolência. Aí eu pergunto: como se sair dessa situação embaraçosa sem ser linchado pelo sistema? Começo a pensar que a vida, muitas vezes é ingrata, sorrateira e imperdoável. Sempre premei pela vida honrada, mesmo que isso custasse a minha liberdade, o meu bem estar.
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