domingo, 11 de agosto de 2013


Foi um sonho...





... Era domingo de manhã, como outro qualquer, eu estava me preparando para ir ao trabalho onde consistia em cuidar dos meus bezerros e arrancar ervas daninhas no meu sitio que fica bem perto da cidade. De repente você apareceu, como quem não quer nada, me chamou para conversar; eu disse que tinha algo a fazer naquele dia, no entanto você disse eu vou contigo. Saímos juntos, eu e você a caminhar, lado a lado até o sitio que, obrigatoriamente, tinha que passar pela cidade. Enquanto caminhávamos, até os prédios pareciam lhe reverenciar. Você estava tão feliz, me olhava com carinho, aparentava um rosto meigo e sedutor, parecia não acreditar ─ eu percebi isso.
Entramos num lugar que se assemelhava ser um grande pavilhão e ali estava passando um desses vendedores de sorvete, você quis um picolé, comprei para nós três, pois neste instante eu senti a presença do meu filho junto comigo. Sentamos num banco de madeira diante do vendedor de picolés, eu você e meu filho. Você se aninhou bem rente a mim, eu sentia o teu perfume envolvente, ficamos ali daquele jeito por um bom tempo, você feliz conversava comigo naturalmente e saboreando o picolé e, eu ali do teu ladinho não acreditava no que via, ou seja, estava junto contigo.
Enquanto saboreávamos o delicioso refresco, o qual parecia demorar a manhã toda e eu querendo que o tempo parasse, não continuasse, sentia-me como se já tivesse tido você assim tão pertinho por outras vezes tamanha o sentimento de posse e liberdade.
De repente ouço chegar um amigo que iria me ajudar. Mesmo assim o papo não parou, pelo contrário, conversávamos, nós quatro descontraidamente. O picolé estava gostoso, a conversa fluía legal, você ali do meu lado feliz, sorria livre, leve e solta, cedia aos meus encantos, parecia realizada ao saber que eu lhe correspondia teus anseios.
Eu tinha que trabalhar, que consistia em arrancar as ervas daninhas da terra e preparar o chão para o próximo plantio de arroz. Tudo era feito manualmente, nada de ferramentas, tudo bem primitivo.
Agachamo-nos todos, inclusive você que quis me ajudar. Eu conversava com o meu amigo enquanto trabalhava e você trocava ideias comigo de como fazer. Parecia que você sabia tanto quanto eu a arte de cuidar da plantação. Eu ali cumprindo as minhas obrigações, ia relembrando aquele momento anterior em que você estava sentada no banco de madeira bem rente a mim. Tudo aquilo parecia real. O tempo que fiquei ali pertinho de você pareceu curto, mas a sensação parecia eternizada, duradoura, uma manhã inteira de domingo em que nós passamos juntos. A felicidade era evidente, parecia materializada, tanto por você, quanto por mim.

De repente, eu acordei e percebi que tudo não passou de um sonho. 

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