domingo, 19 de janeiro de 2014

O povo brasileiro 

     Estou lendo o livro de DARCY RIBEIRO, intitulado "O povo brasileiro". Na contracapa, entre outras questões, o editor faz o seguinte questionamento baseado no enredo do autor: "PORQUE O BRASIL AINDA NÃO DEU CERTO?"

É uma pergunta que a muito vem me intrigando, por muitas vezes tenho me questionado com relação a esse tema. Somos um país tropical e  continental de dimensões gigantescas, e muito bem servidos de terras férteis. 

Seguindo a narrativa do autor, apercebe-se nitidamente que, o Brasil ainda tem traços muito fortes de um país colônia, ou seja, ainda somos  um povo extremamente dominado [por uma casta classe dominadora que engloba: políticos oportunistas, esganação empresarial e sem falar no poder influente da mídia nacional], diminutivamente alfabetizando-nos para nos usurpar do conhecimento que temos direito e longe de sermos auto críticos com voz e vez.

Sinceramente, sinto-me atingido como se fosse um brasileiro daquela época com flechadas atiradas contemporaneamente. Se observarmos atentamente, veremos que de um jeito ou de outro, somos ludibriados todos os dias. Governantes que inventam macetes envolventes como se o que oferecem-nos são por eles doados, quando na verdade são nosso suor que eles espoliam-nos sem dó ou piedade.

O livro é um tanto técnico é bem verdade, de leitura apurada, pois o autor é, nada mais nada menos do que um Antropólogo, mesmo assim têm-se a nítida impressão do que foram os nossos dias e o que nos espera num futuro próximo.

Confesso que por vezes me senti ridicularizado ao lê-lo, não por conta da obra [que é magnifica em sua resenha], mas, mais pelo conteúdo que me trouxe a tona velhas e arcaicas situações por nós já vividas e que ainda advirão sem escrúpulos ou piedade sequer.

O mundo ainda não está totalmente desvirtuado ou perdido; apenas está passando por uma pequena tribulação [ o que é muito natural]. Porém, resta-nos empenhar nossas forças para que o futuro [de nossos filhos e netos] venha com mais esperança e fé naquilo que é de nosso direito, com menos comedimento e conivência para com os homens que detêm o poder. Só assim, unidos a todos num só proposito é que alcançaremos a vitória que também é nossa de direito.






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