domingo, 20 de fevereiro de 2011

A luta de um (sonhador) desconhecido!


... Um desconhecido que almeja habitar o mundo literário, que se dispõe a adentrar em um campo até então, totalmente desconhecido e ignorado por este vivente, precisa antes de qualquer coisa, saber o terreno que irá pisar, cientizar-se das dificuldades que encontrará ao longo do caminho a ser percorrido. Para que o proponente a escritor, ainda que de forma amadora possa sair do casulo acomodativo em que vive ou viveu (bem entendido, o meu caso), precisa entender os mais diversos obstáculos, tais como: bom faro para pesquisar, disponibilidade de tempo e boa vontade das pessoas em lhe ajudar, conhecimento naquilo em que procura, saber discernir sobre o que se quer de verdade, o que irá impressionar ao maximo os leitores, ter a capacidade de incrementar a historia, fomentando o pouco  do conteúdo encontrado. Isto parece ser a luta mais difícil. Parece, mas não é! Obviamente que eu também fomentei essa primiscia de que escrever e pesquisar seria o caminho mais árduo e penoso a percorrer. Ledo engano!
Quem já passou por isso como eu já passei, pode muito bem partilhar do que estou dizendo. Na minha primeira pesquisa que envolveu 06 anos de árduas buscas, parecia que eu tinha concluído e vencido praticamente todos os obstáculos. Todos? Tendo em mãos a pesquisa, digitada e corrigida, dali para a gráfica (editora) era um simples trampolim. Seria! Como eu cultivava a ideia de que eu estava fazendo a parte mais difícil do trabalho (pesquisar e escrever) como um todo; ao deparar-me com a dificuldade em encontrar apoio financeiro, sofri, chorei, e, por vezes, pensei em desistir, arquivando tudo na gaveta do esquecimento. Como alguém que se doa profundamente, ajudando um amigo necessitado, e, de repente, sofre uma grande frustração ao ser ignorado como uma pessoa qualquer, desmerecendo o menor dos reconhecimentos, assim, dessa forma, eu por vezes, senti-me rejeitado. Talvez por ser um “marinheiro de primeira viagem no mundo literário”, senti na pele o que é ser um anônimo dentre a multidão, um desconhecido no meio do povo. 
Quando se decide ser diferente, principalmente fugindo da acomodação do povo, querendo impor uma ideia nova no campo do comodismo, é, ainda mais frustrante, dolorido, pois as chacotas são claras, evidentes, objetivas, diretas e não poupam ninguém. Talvez por eu ser um sonhador, um “inocente” ou talvez um idiota sonhador, que ainda acredita no homem de bem, tenha vivenciado tais abruptalidades descrenciais. Somente com as forças Divinas é que eu tenho sobrevivido às tempestades da exclusão. Creio na esperança de dias melhores. É só questão de tempo. Entretanto, é justamente nisso que me assombro ─ no tempo que rapidamente voa.  Os anos passam, minha idade avança velozmente, toma-me imperdoavelmente, ignorando minha aflição.  Como eu dizia: a descrença no meu trabalho está sendo talvez o maior dos meus obstáculos ao longo do caminho, desde o nascimento da ideia em 2003, o desenrolar da pesquisa e escrita nos 06 anos subseqüentes de intensas buscas até ver o meu livro pronto em 2009 e exposto numa prateleira de livraria.  Mesmo enfrentando tais adversidades, eu ainda confio na bondade Divina, e foi agarrando-me nela que tenho fomentado a esperança de um dia ver meu sonho concretizado. Creio firmemente que ainda não esbarrei na pessoa certa, aquela que me dará o impulso necessário.  Quando isso ocorrer, aí sim, será um simples trampolim entre o meu trabalho e a gráfica (editora).
Deus tem convivido diariamente com o meu drama, e, certamente, no momento oportuno, ele me abençoará, pondo-me diante de quem vai alavancar o almejado apoio.
Agradeço de coração, aqueles que de uma forma ou de outra já contribuíram. Sem estes estimados ombros, eu jamais chegaria aonde cheguei. Que Deus os abençoe!

Um comentário:

  1. a vida é uma caixinha de surpresas ,um dia ta tudo bem o outro la vem um problema mas quem TEM FÉ EM DEUS TUDO SE RESOLVE ,SEU BLOG ESTA OTMO PARABENS

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