Por favor, me corrijam se porventura eu cometer um equivoco, extrapolar; se meus pensamentos estiverem além da órbita, fora de mim, colossal, desregulados, desconectados com o sistema. Mas que sistema? O que habitamos.
Sinto-me incluso num sistema onde predomina o dinheiro, o ter. O ser ficou a parte, de lado, excluído. Foi jogado de lado junto com o amor. Ambos devem estar guardados no baú do esquecimento, hibernando até um dia serem lembrados por alguém, mesmo que sejam para serem pesquisados por algum historiador. Sim, corrijam-me.
Corrijam-me, pois, não sei mais o que é certo ou errado. Às vezes, penso que os princípios que adquiri ao longo dos anos, advindos de muitas gerações de meus ancestrais, os quais, sempre pensei serem éticos, corretos, concebidos a partir do mandamento primordial ─ o amor ─ feneceu.
Procuro respostas, as quais possam clarificar minha mente. O que circula na mídia, seja ela, escrita ou televisada, estão incorretas, ao meu conceito. Corrijam-me. Não sei mais o que está certo ou errado. Não cabe aqui, de minha parte um julgamento, sequer, auto me denominar correto, moralista, porém entender o que se passa.
Estou ciente de minhas limitações, de que o mundo, a nossa volta, gira, se transforma, molda-se constantemente aos nossos atos, atitudes. Pressinto que o mundo muda, demasiadamente veloz, incalculável e difícil de assimilar. Não o mundo globalizado, mas sim o meu mundo, o mundo em que habito.
Almejo entender as mudanças que ocorrem quase que instantaneamente, mas me vejo atado. Desejo evoluir, mas sinto-me impotente, quero estar perto do mundo atual, mas me sinto tão distante, tão diferente, tão desatual, tão descomunal quão um ser que habita as cavernas do atraso, da impercepção, da descolaridade, e infinitamente distante das tecnologias que não cessam de se intrometer, adentrando no lar do meu mundo, em minha vida de pensamentos sem sequer pedir licença, exigindo cobranças que muitas vezes não alcanço,habitando um abismo que não compreendo. Enfim, sinto-me só no seio do mundo. Atualmente somos sete bilhões de habitantes, e eu me sinto tão solitário comigo mesmo e com todos que penso estar no planeta do passado, que habito uma órbita inadequada, diferente. Busco respostas. Quero saber!
Onde estou, e o que eu sou? Nem eu mesmo sei. Jamais saberei ao certo qual minha função. Certamente estive vagando a margem, a água do rio que se foi, que se vai, que não sei o que virá, desembocando no mar da evolução do mundo, na ladeira da ignorância de minha real existência. Não julgo. Não me julgue. Busco respostas.
Não condeno. Não me condene. Quero o meu mundo de volta. Não sei onde o perdi, onde o esqueci. Quero-o! Onde ele está? Onde estou? Para onde vou? Alguém tem essas respostas? Preciso delas. Mas por favor, sem um julgamento, pois só Jesus podia julgar, ainda assim não o fez. Para onde caminhar? Com que interesse, com que vontade? Enfim, para onde? Com o que? Para que?
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