No dia-a-dia, deparo-me com situações que me fazem repensar demoradamente. Muitas vezes, me questiono o porquê de as coisas não saírem como almejo. E isto, literalmente, intriga-me, põe-me numa saia justa. Repensar atitudes, demover os sistemas ultrapassados e voltar no tempo, tornar-nar-me-ia um pouco mais humano. A arrogância e o excesso altruísta são características que eu tento evitar literalmente. Porém, para obter um bom relacionamento, especialmente no local de trabalho com meus colegas de profissão, é preciso, antes de cometer uma atitude, no mínimo, impensada, entender no semelhante, o seu perfil. Não somos iguais, e jamais o seremos, por isso requer-me ceder parte deste ego, como forma de aceitação. Como disse, a vida parece assemelhar-se uma via de transito; por vezes estou indo, de repente tenho que brecar, rever o mapa e qual direção a seguir. Assim são os atos que permeiam minhas ações. Seguir sempre em frente sim, mas, mantendo no currículo diário, paradas repensativas, rememoramentos necessários para o aprendizado mais humano e coerente, atitudes solicitas e solidárias que me dinamizariam; jamais ousar ser um “João sabe tudo”, respeitando o mais singelo que possa ser, pois é “deste” que numa situação incomum, no mínimo bizarra, poderei precisá-lo. Vez ou outra, faço como as curvas da serra da vida. Vejo-me andando em voltas, permitindo-me, verificar em que ponto estou agindo corretamente, regozijo-me humildemente, sem esquecer que, como sou um ser imperfeito, posso estar cegamente errôneo, desapercebendo-me. As curvas que a vida me presenteia, servem-me como ensinamentos, por vezes amargos, sobretudo, quando sinto-me no auge, e cegando para quem está a meu lado. Ser solícito para as curvas que a vida surpreende não me atrazaria evolutivamente, mas sim, me prepare e ilumine-me para um vôo certeiro no caminho da perfeição. Seguir sempre em frente sim, mas com ressalvas que possibilitem paradas estratégicas, possibilitando reconsiderar atitudes, corrigir possíveis erros, e, sem demagogia utópica, buscar a perfeição que Deus propôs-me. Que o sangue que percorre os milhares curvas de meu corpo perecível não me leve ao imperfeccionismo, mas sim, me conduza ao caminho que trilha a lealdade, o amor e a compreensão mutua. Sou peregrino nas veredas da vida. Caminho pela estrada infinita... Ela me levará para a supremacia que um dia, foi-me preparada. A estrada da vida é composta de inúmeros vicinais, encruzilhadas, cruzamentos e desvios perigosos. É neste instante que a não percepção pode-me por em xeque mate. Antes de seguir ou dobrar a esquina da vida, ouço o meu silencio interior, dou-me uma chance de ser mais criança e menos arrogativo, mais humano e menos insensível, pois só assim seguirei firme na busca do final da estrada da vida (mesmo inalcançável), da qual, o final feliz e bem sucedido dependerá única e exclusivamente de mim. Deus deu-me o mundo de presente, porém, Ele espera que eu saiba conduzi-lo e usufruí-lo corretamente. “A estrada da vida, com suas curvas e retas inconstantes, é o caminho a percorrer”...

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