quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A Represa



Se esta represa soubesse falar, ela teria muitas historias pra contar as gerações contemporâneas. Historias hilariantes de seu pioneiro dono que lado a lado a sua castissima companheira desde a Itália, soube enfrentar múltiplas adversidades no seio da mata virgem, utilizando-a como ferramenta para saciar a fome dos seus e de muitos circunvizinhos... E como represa não fala, apenas ecoa um gemido silenciado, não se manifesta, apenas aceita o seu destino, seguindo seu curso natural, para mais adiante tornar-se novamente, outra útil cachoeira.
Muitas coisas que se sucedeu com o beneficio desta imponente obra da natureza ao longo de várias décadas, ficarão pra sempre na prateleira do esquecimento, principalmente pelas gerações que a “esqueceram”, abandonaram-na como se jamais tivesse tido alguma importância.  Houve negligencia e descaso. Deveria haver ao menos a mini preservação do local em foco.  É bem verdade que falar ela não pode, mas ao derramar-se represa abaixo como as lagrimas de quem chora o abandono, o desuso pela evolução dos tempos até mesmo no seio da floresta, o descaso por algo idealizado e executado pelo patriarca Dandolini, mesmo após décadas de fomentação e fonte de renda para os seus, enfim, suas lágrimas escorrem rio abaixo como uma ladeira desgovernada, inundando e soterrando os sonhos de quem um dia contou com sua imponente e gratuita ajuda.  
Mas como tudo nesta vida tem seu tempo vitalício, com a represa não podia ser diferente. Ao ser desviado de seu curso natural, tornou-se uma fonte natural de energia para mover a indústria do final de século XIX. Muitos sacos de milho que irromperam na floresta tombada e queimada, transformaram-se na mais fina e suculenta farinha de polenta, fubá e farinha de trigo para os pães caseiros e alimento para os animais do curral. E para alimentar o rio de lágrimas da represa, ela deixou de ser propriedade Dandolini, perdeu importância das gerações subsequentes, foi vendida a alheios donos.
Hoje só resta imaginar o quão difícil foi idealizar e por em prática um sonho acalentado por anos desde a Itália.
Se houve um sonho, a realidade se fez presente. Fez-se como deveria, no seio da floresta intocada, virgem e donzela. A água que descia os íngremes montes movimentou rodas, moveu atafona e fez ressuscitar um desejo antigo.
Pra quem não sabe, foi através desta mini represa que a família Dandolini deu inicio a tantas outras obras por este país afora, fazendo-nos grande na historia Brasileira.

Permita-mo-nos conhecer um pouquinho deste baluarte. Não foi uma epopéia qualquer. Foi a mais pura realidade, a dignificaçao de um trabalho árduo, muitas vezes executado por mãos femininas.
Em meu livro (Minha Vida, Meus Sonhos e Minha Evolução), estes detalhes serão amplamente divulgados, com os merecidos detalhes.  

3 comentários:

  1. imagem maravihosa!
    é incrivel ver como Deus se manifesta atravez da natureza.
    quem mais seria tao perfeito para fazer coisas tao perfeitas.
    e quem mais para valorizar tais coisas,só poderia ser vc

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  2. maravilhoso seu trabalho.
    parabens.

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  3. Admiro e muito essa pessoa maravilhosa. Continue assim sempre, mostrando o excelente trabalho que voce faz. Te Amo Papii. Beijo!

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