segunda-feira, 8 de junho de 2015

 Final de dia 

          Enfim, o anoitecer se fez presente em meu lar, achegou-se pelas veredas, mostrou-me os suas nesgas de luz antes de dar adeus ao dia. 

       Amoitado sob o alpendre, recito-me poemas com sabor de melodia para que meu interior consiga extasiar-se de todo, adornando sentindo o cheiro de relva que não tarda chegar.

       O vislumbre que mais me retem é o painel colorido diante de mim enfeitado por estrelas e a lua que sempre vem dar-me gratuitamente o seu ar da graça. 


      Não há quem resista a uma cantada da noite, não há silencie diante dum esplendoroso entardecer, não há quem adormeça feliz sem antes se deliciar com o mugir dos animais no pasto, das pererecas na lagoa, dos sapos nas capoeiras... 

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