sexta-feira, 27 de setembro de 2013




Uma viagem ao meu interior


Ontem criei coragem e fui visitar o meu interior
Aprontei-me adequadamente pra não causar muito pavor
Calcei-me de todos os preparos e argumentos
Para que ao abrir a porta, eu pudesse ir adentro.

Para uma viagem tão importante eu sequer sabia como fazer
Procurei ensinamentos fúteis que pudessem me prever
No entanto, a  procura foi desgastante e cansativa
E o resultado não correspondeu a minha expectativa.

Desolado e sem saber como chegar ao meu destino
Sentei num banco da praça e observei um menino
Ele brincava feliz sem se preocupar com o mundo
E eu ali pensativo, não sossegava sequer um segundo.

Observei nas árvores, muitos pássaros a bailar
Uns iam e voltavam sem nada lhes preocupar
Ai pensei, porque estou aqui qual um moribundo
Se posso ter toda felicidade que existe neste mundo.

Foi então que num lampejo, eu tomei uma atitude
Adentrei-me em meu infinito e fui saber da minha saúde
Percebi que meu interior estava triste, esgotado e cansado
E o remédio pra curar tudo isso sempre esteve do meu lado.

A fonte de luz jorrada por meu espirito
Encontrava uma barreira e não podia ser visto
Observei os erros que a muito eu cometia
Esmurrei-o o passado pra reaver a paz e a alegria.

Mesmo assim, encontrei uma grande resistência
Meu interior já se encontrava a beira da falência
Foi preciso me livrar da velha casca que meu corpo camuflava
Entrei em luta emocional, enquanto minha'alma triste chorava.

Aos poucos fui entrando e meu interior me aceitou
Consegui afugentar tudo que ele me aprisionou
Abri as janelas do coração e deixei entrar a primavera
Sei que a luta só começou, mas ainda vencerei esta guerra.

Por hora, depois de tudo que sofri por negligencia
Serei mais exigente comigo e cobrarei mais assistência
Se meu interior esteve inerte ou esquecido
Certamente que minha atitude deixou-o comovido.

A partir desse baluarte, minha vida será diferente
O desapego é o primeiro passo para seguir em frente
Os desafios serão consequências da minha coragem
E a vitória será o premio nesta "grande viagem"...

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Estou planejando lançar meu segundo livro (Linha Contessi: 100 Anos) em novembro, aqui no bairro, no mesmo local do ano passado. Como eu preciso de apoio pra que esse evento realmente seja um sucesso, para que o livro possa ser lançado, eu busco patrocínio para cobrir as despesas gráficas, de revisão e organização. Então, humildemente, venho de publico, através do Facebook encarecidamente pedir em nome da Literatura para quem puder e se dispuser filmar e fotografar o lançamento do livro. Como todos sabem, para escrever e lançar um livro, o custo é bastante alto, portanto se alguém puder fazer isso por mim eu ficarei eternamente grato pela oferta. Desde já agradeço a atenção.

terça-feira, 24 de setembro de 2013




Em minha cama

Esta noite ao deitar em minha cama
Senti o peso que carrego atolado numa lama
Os momentos de prazeres ralearam drasticamente
Estar pedindo os meus instintos inocentes.

Deus queria que essa fase ruim seja breve e passageira
Pois suportar tantos desatinos é uma barreira
Quanto mais eu luto, mais adversidade se apresenta
Minhas forças parecem diminuir a medida que se tenta...

Quando encosto a cabeça no travesseiro
Minha ‘alma pedi licença para um breve pastoreio
O meu corpo mutilado pela idade e trabalho
Dorme feliz enquanto o Espirito pratica o seu ensaio.


Esta é a vida de um vivente lutador
Acorda bem cedo para mais um dia de suor
Volto para casa judiada pelo grande esforço
Tudo em si é dolorido, dos pés até o pescoço.

Mesmo assim a luta não pode cessar
O que tem que ser feito alguém precisa continuar
O mundo gira e cada nascer do sol se renova
Então só nos resta enfrentar tudo que nos põe a prova.

Lá do alto, Deus nos protege e observa
Sempre que pode, nos livra do mal e das trevas
Esta é a esperança que fortalece e nos move
De que o dia que partimos, para o bem, Deus nos promove.


 Líbero A Dandolini


domingo, 22 de setembro de 2013

Pergunta óbvia...





Hoje pela manhã eu passei a observar a natureza que me cerca e os seus efeitos mais imediatos. Fiquei a pensar a quantos milhares de anos que nosso criador fez as árvores, os pássaros, os animais e os não menos animais que são nós os ditos seres humanos. Ao me deparar com tamanha pergunta feita para mim mesmo fiquei com uma duvida pertinente do tamanho do meu pensamento e sequer cheguei a uma conclusão óbvia.
Mas dai você me pergunta o porque dessa lengalenga, ai eu te respondo com outra pergunta. A quantos milhares de anos que a natureza existe? Quanto anos de vida dura uma árvore? Os pássaros? Os animais? Dai mais uma pergunta: Se o mundo possui milhares de anos, certamente que a vida na terra, quer seja humana, quer seja animal e vegetal não acompanharia tanto tempo, sucumbe e renasce periodicamente não é, pra depois se renovar? Então eu pergunto outra vez, Porque os órgãos ambientais estão tão preocupados com a devastação se tudo isso se já sofreu dezenas ou centenas de vezes, ou seja, o nosso planeta já se moldou por diversas vezes, chegando a incrível transformação que foi a separação Continental entre a Africa e a América, ficando entre ambos o Oceano Atlântico. Portanto, tudo precisa ser revisto, preservar sim, mas com educação e não com excesso de  penalização. FICA A DICA e aceito o debate democrático.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

O FIM DE UMA ERA

Como tudo que começa nessa vida, obviamente que um dia teria que terminar. Assim acontece com nós seres humanos: nós nascemos, crescemos, aprendemos, evoluímos e envelhecemos até que um dia, após muitas conquistas, tribulações e sofrimentos Deus vem nos "buscar" para a derradeira morada. 
Também em meu trabalho; um dia lá atrás, em abril de 2009, eu dei mais um passo em busca de algum aprendizado diferente do habitual, ou seja, naquele exato momento eu dei uma freada em meu habitat natural que era cuidar da roça para adentrar numa industria, ali eu cresci como pessoa, aprendi; tive momentos bons, conheci centenas de pessoas, talvez milhares, evoluí com todos que estiveram comigo, direta ou indiretamente. Mas como tudo que começa um dia termina, então o meu tempo de trabalhar nesta empresa findou. Foram 4 anos e 5 meses ininterruptos de muita dedicação e doação para que tudo estivesse dentro dos conformes. Se fiz tudo direitinho, não sei, o que sei é que esforço e empenho não faltou. Erros e acertos estiveram comigo neste tempo todo, mas sempre como um aprendizado.
Enfim, findou a minha era na Cerealista Sul Catarinense, agora é aceitar os desafios que a vida me impôs, tirar o melhor proveito de tudo isso e seguir adiante, pois quando Deus fecha uma porta é porque Ele já tem outra aberta para eu entrar. O meu muito obrigado a todos que estiveram comigo, aos que chegaram, ficaram um tempo e se foram, aos que ainda permanecem, desejo toda sorte do mundo, pois a vida continua e o barco da vida não pode parar, alguém remá-lo para a outra margem. Há muito que eu relutava em sair, mas me faltava coragem. O detalhe para a decisão definitiva veio hoje, ou seja, o meu tempo se esgotou; abri espaço para o novo, para uma outra ideia, outros ensinamentos. Que Deus esteja comigo e todos aqueles que estiveram comigo e acreditaram em meu trabalho; a estes o meu apreço e a minha gratidão, estes (as) estarão em meu coração por onde quer que eu ande, por onde Deus me levar. Não nos separaremos ainda, de repente nos cruzaremos pelas esquinas da vida, pelos caminhos do Senhor, que é onde tudo começa e tudo finda. Paz e bem aos meus amigos.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Domingo de altos e baixos


Ontem (domingo) nós saímos de casa bem cedinho, eu e minha esposa Claudete com o propósito de pesquisar um pouco mais sobre a família Dandolini. Antes disso passei em duas casas de parentes para conversar, mas não os encontrei, haviam saído. Destinei esta visita para o final do meu trabalho. De Armazém (Urussanga) eu rumei até os bairros Canela Grande e Azambuja e a cidade de Pedras Grandes, onde nestes três locais eu minunciosamente passei em revista todos os jazigos dos respectivos cemitérios em busca de algum vestígio que me levasse aos antepassados ainda não identificados. Tal foi a minha frustração, em ambos os destinos, nada foi encontrado daquilo que era o meu intuito. Ao final da minha busca o sol já queimava feito brasa, beirando o meio dia. Eu havia planejado almoçar no restaurante em Pedras Grandes, porém ao chegar à cidade o meu mundo caiu. Não havia um local sequer, aberto para o desjejum de final de manhã.  Irritado por não haver encontrado o que buscava e pra piorar faminto e sem perspectivas de onde comer algo realmente bom, rumei em direção de Tubarão na eminencia de me deparar com algo que parecesse um restaurante, andei, andei e nada. Voltei e acabei me alimentando em Orleans muito distante dali. Quando tudo parecia que o domingo iria terminar de forma melancólica pelas inúmeras frustrações, eis que me avizinho do senhor Neri Dandolini para uma visita mais que esperada e ele, na sua simplicidade de homem bom me falou algo que por si só salvou o meu dia. Além do café da tarde, aqueles momentos que ali permaneci foi de uma restauração das forças interiores pouco vistas. Mas ainda restava uma última visita a casa de Vany Santiago, a qual pela manhã também não havia encontrado. Meu domingo, que pela manhã havia sido frustrante e desastroso, ali em sua residência me senti em casa e o papo rolou até o entardecer do dia. Portanto, foram momentos que meu chão parecia faltar debaixo dos pés, sobretudo em minha pesquisa, onde tanto trabalho foi em vão, pois não encontrei o que buscava com tamanha certeza anteriormente planejada, mas ao final, prevaleceu a boa conversa e a troca de ideias e a restauração da paz e a harmonia. Obrigado àqueles que me receberam de braços abertos e que, de uma forma ou de outra acrescentaram um pouquinho de alegria ao meu dia.

domingo, 1 de setembro de 2013


A MINHA PAZ

Muitos se dizem os amigos, poucos realmente o são, e não obstante, apenas se limitam a esboçar um apoio. Meu corpo já não aguenta tantas espoliações, minha ‘alma entristecida aguarda o momento da derradeira mudança.

Meu Espírito que a tudo vê e sofre, nada pode fazer enquanto o seu condutor se mantiver irredutível, irracional e fechado aos sinais do alto.

Depois de tanto sofrer, após décadas de amarguras e recolhimentos, suscito estar aberta a entrada do novo, a aceitação das mudanças que minha mente tanto necessita, pois os padrões arcaicos estão soterrando as minhas forças e jogando por terra toda e qualquer chance de uma renovação Espiritual.

Preciso urgentemente sair deste marasmo em que estou imbuído, buscar outras formas de ver o mundo, esquecer o passado que tanto me atormentou e ainda o faz, viver o hoje em toda a sua plenitude e ignorar o futuro que ainda sequer nasceu.

Só assim me libertarei das amarras que um dia submeti-me a troco do comodismo, da fobia e da estagnação. O mundo lá fora é lindo e esplendido, preciso alimentar-me desta magnitude, estimular os desejos mais ardentes do coração que se encontram escondidos no vazio da desesperança e recarregar todas as energias do universo.

Só o fato de abrir minha mente para escrever este texto, meu Espirito regozija-se de alegria, minha ‘alma pressentir a alegria duradoura e a felicidade sem fim.
“A paz do meu mundo, só depende de mim”.  



Líbero A. Dandolini