domingo, 27 de novembro de 2011

Poema/ jogo de palavras







A poesia é um jogo de palavras
Às vezes doce, as vezes, amargas
Que vamos preenchendo nas páginas da vida.
Rabiscando, desenrolamo-nos das amarras
Escrevemos tais coisas tão raras
Tão belas, sem perceber, tornamo-las parecidas.

Como cartas num jogo de baralho
Sobre o papel, as letras eu espalho
Até formar uma linda canção.
Parecendo uma árvore cheia de galhos
Que para dizimá-la, dá muito trabalho
Todavia, lapido-as do fundo do meu coração.

Como um piloto que vence uma corrida
Eu por estas linhas que foram percorridas
Venci as mais românticas frases.
Como um agricultor que planta a semente de sua vida
Eu plantei as palavras mais lindas
Para formar este poema, que mais parece uma miragem.

Assim é a vida de um poeta
Cheia de vida, cheia de festa
Em tudo que ele toca e vê.
Caminhando por entre as arestas
Ele sente que entre uma e outra fresta
A luz Divina está sempre ali para lhe bendizer.
 
Como a cozinheira que mistura os condimentos
Eu misturo os meus mais puros sentimentos
Até completar uma página de papel.
 Não somente a alegria, mas também o ressentimento
Vão formar a mistura do meu temperamento
Como as nuvens multicores vagueando no céu.


sábado, 19 de novembro de 2011

Uma piada para descontrair


Um viajante, já cansado pelas muitas horas de estrada, decide parar em uma cidadezinha e, procurar um hotel para dormir. Ao adentrar na instituição, a funcionária do momento carinhosamente lhe atende:
─ Boa noite senhor. Em que posso lhe ajudar?
─ Estou a caminho e, cansado, gostaria de pernoitar numa cama quente e macia.
─ Sinto muito senhor. O hotel está com suas vagas todas preenchidas. Mas se o senhor não se importar, nos fundos, há um quarto com duas camas, o qual pertence à Bibica. Caso não se importe, poderá dividir o quarto com ela e descansar esta noite. É só o que tenho para o senhor no momento.
O viajante ficou pensativo. Como avistou muitas Cabras ao adentrar na cidade, logo ele imaginou que Bibica seria uma delas. Pensativo: de maneira nenhuma vou dormir com uma cabra e ter de aguentar os berros dela a noite toda.
─ preocupa não senhorita, disse o viajante. Eu durmo recostado em qualquer lugar. Estou cansado. Não será empecilho dormir assim. 
Dessa forma o viajante pernoitou. Pela manhã ele levantou, adentrou no hotel para saborear o desjejum e seguir viagem. Na recepção, uma loiraça, atraente e bonita por natureza, daquelas de tirar o fôlego só em pensar, servindo o café matutino lhe dirige a mão, cumprimentando-o:
─ olá, senhor. Eu sou a Bibica. Em que posso lhe servir?
O homem que havia passado a noite ao relento, fazendo um grande esforço para não reclamar de dores nas costelas, e revoltado consigo mesmo, respondeu:
─ Olá, eu sou o Babaka.

domingo, 13 de novembro de 2011

A paz e a liberdade






Mesmo nós, sendo seres imperfeitos
Estamos sempre dando um jeito
Para que tudo fique bem
Precisamos ir além
De nossas possibilidades
Estamos sempre com saudade
Mas o Amor, tudo supera
O coração sofre, mas espera
Que um dia, possa sorrir de verdade.
Quem busca a felicidade
Precisa abrir a sua porta
Desobstruir a veia aorta
Antes que a adrenalina invada
Banir para sempre a disparidade
Para que as diferenças
Não corrompam as esperanças
Que sempre tende a renascer
A paz e a liberdade
Que um dia, viva
De verdade!

sábado, 12 de novembro de 2011

Conviver comigo mesmo

A convivência, embora seja de fundamental importância no seio humano, muitas vezes nos põe numa saia justa. Tem pessoas com dificuldades extremas em se solidariezar-se, conviver humanamente, sem se importar com as diferenças. Atualmente fala-se muito na tolerância como forma de repensar as barreiras que não nos deixa evoluir para um mundo mais fraterno e humano.
Conviver harmonicamente com o meu semelhante, tem sido a palavra de ordem imposta por mim mesmo ao meu espírito. Porém, a batalha mais difícil que por vezes tenho que lutar, é desbravar o “eu”. Esse meu “eu” é um individuo dentro do meu ser tão duro de vencer quão é um exercito de gladiadores, pois contem raízes profundas que transcendem o meu normal.
Tenho lutado arduamente comigo mesmo, aventando desbravar e tombar o lado ruim que habita em mim simultaneamente.
Pode parecer fácil, todavia, quando pretendo ignorar este lado excêntrico, indomável, mixiriquento e metido, esbarro numa barreira difícil de transponir. Ao me olhar no espelho, tenho me questionado severamente, o qual penso que me conheço, porém, sinto que sou outro dentro de mim, um abstrato bárbaro tentando dominar-me. Sou o eu lutando comigo mesmo para encontrar o outro que se apossou das minhas características fundamentais, e, escondido em mim, tenta abominar-me.
Esta luta árdua, intensa, ostensiva e desigual, por vezes, massacra o meu Espírito, faz chorar a minha alma, e, como conseqüência, penaliza o meu corpo, que em meio ao fogo cruzado dessa luta sofre para conciliar a ambos. Para conviver comigo mesmo, eu busco viver o que a vida me oferece gratuitamente sem me importar com o que me digam. Com isso, desvirtuo e tento ocultar meu lado obscuro. E, assim, sigo o meu caminho pelas estradas da vida tentando me encontrar comigo mesmo, e, quem sabe, evoluir espiritualmente...


sábado, 5 de novembro de 2011

Minha volta à escola

Hoje estou muito feliz
Por estar aqui estudando
Foi assim que eu sempre fiz
Sofrendo, mas lutando.
Para que um dia
Com muita alegria
Ver um desejo realizado.

Quando escrevo um poema
Estou sempre com emoção
Vou escrevendo meu dilema
Escutando o coração.
Quanto mais eu escrevo
Muito mais me entrego
Minha vida numa canção.

Nessa escola onde estudo
É legal, e tenho amigos
Professoras me ensinando
Só descanso aos domingos.
É aqui que eu aprendo tudo
Pra viver melhor no mundo
Nestas aulas envolvido.


Muito estou me dando bem
Com professoras dedicadas
Quero ir muito mais além
Enfrentando essa parada.
Hoje estou muito feliz
A professora sempre diz
Que sou muito esforçado.

Sendo aluno esforçado
Aprendi muitas lições
E a escola estruturada
Que me deu as condições.
 Tenho muito estudado
Já estou quase formado
Em um grande cidadão.

Minhas aulas terminadas
A saudade vai doer
O que fica é a amizade
E também o meu saber.
Vou sair daqui contente
Por ter tido muita gente
Que me ajudou na caminhada.

 Lá na festa vou chorar
Ao receber o meu diploma
Sei que não vou agüentar
Por que isso me emociona.
Finalmente o grande dia
Muita festa e alegria
Enfim, o saber eu domino. 

Quando a aula terminar
Outros cursos vou fazer
Quero ainda continuar
Pra aumentar o meu saber.
Sei que vou conseguir
Muito quero evoluir
Pra minha mente crescer.

Quando aqui eu cheguei
Nesta escola pra estudar
Muito eu me dediquei
Pra meu futuro melhorar.
Minha luta foi constante
Aprendia a cada instante
Estudando sem parar.