Corações
desolados
Por
quanto tempo ainda necessitamos de aprimoramento?
Se
a cada busca, nos desentendemos
Por
mais que se aprenda, pouco se sabe
Enquanto
peregrinamos, menos se cabe.
Os
caminhos que se apresentam
Trazem
incógnitas que nos atormentam
Põe-nos
calabouços e nas loucuras
Muitas
lacunas em nós se embrenham.
Vazios
parecem oceanos esgotados
Corações
sofrem, desolados
Vidas
são ceifadas a troco do desespero
E
a serenidade é esquecida em prol do dinheiro.
O
que fazer diante do caos?
Onde
garimpar soluções, se todos são maus
Até
o inferno renega por sua superlotação
Exige
o melhor para uma boa acomodação.
O
apego parece ganhar força e se fortificar
O
poder paralelo se limita a ignorar
As
mãos que acolhem fenecem enfraquecidas
Ao
ver perecer, a belos olhos, toda forma de vida.
O
que outrora fora sonhado
Perdeu
espaço e foi ficando de lado
A
paz que tanto se buscou
Caiu
da carga do tempo e se machucou.
Muitos
sonhos estão sendo destruídos
Por
lamentos, foram substituídos
A
evolução humana que tanto se fala
Parece
ter sido atingido pela força de uma bala.
Líbero A. Dandolini