domingo, 23 de setembro de 2012


Troféu Osvaldo Deschamps




Enfim chegou o grande dia, o dia D como se diz na gíria, o dia da Glória de um amador, o dia da recompensa pela persistência, o momento do reconhecimento. Sábado de sol radiante, 21/09/2012, 12 horas lá vou eu rumo a São José, SC, para uma noite histórica, especialmente em se tratando de um simples trabalhador que luta pra sobrevier, um pequeno agricultor pra ser mais preciso. Para que a importante data não passasse em branco, ou as minhas tarefas “quisessem” atrapalhar os meus planos e interromper as minhas expectativas como ocorreu dias atrás quando fui cerceado de participar da gravação de um programa de TV por conta de um imprevisto na empresa onde trabalho, desta vez não titubeei, sequer dei asas ao vacilo, trabalhei arduamente, organizei-me esmeramente na véspera para deixar tudo certo e os imprevistos que vez ou outra gostam de me frustrar, não me invadisse. Felizmente tudo ocorreu dentro do planejado, consegui concluir ao pré-estabelecido e as 22.30 do dia anterior finalizei o meu trabalho, e, no mesmo instante dei partida para uma concentração naquilo que julguei ser a arrancada para uma mudança nos rumos dos meus dias e, que só o tempo dirá o quanto foi valido apostar.

Como dizia, o sol postava-se vibrante na imensidão planetária passível de visualizar, por onde quer que eu o siga, ele me seguia impecavelmente, me aquecia, e, em nenhum momento deu-me trégua. O sol quente do primeiro dia de primavera deu mostras de que o verão vindouro chegará com tudo. Entretanto, o meu pensamento sequer passava por perto disso, estava diretamente ligado a muitos quilômetros dali. Após o merecido descanso pelo esforço redobrado no dia anterior e, restabelecida as energias desgastadas por intempéries normais do serviço, segui rumo a Urussanga, meu destino primeiro, onde também como eu, outra escritora ansiosa me aguardava para a derradeira viagem que faríamos embarcados em uma vã. No caminho que me levaria a Urussanga, meu pensamento se misturava em um verdadeiro menestrel de confusões e fobias. Sem sequer imaginar como seria, internamente eu formava verdadeiros tubarões dentro de mim, tentava dominá-los, mas sequer consegui algum progresso. O “medo” de fazer feio, cometer gafes disparatadas, incessantemente me interpelava comportamento, porém, as duvidas pareciam não ter fim, quanto mais eu me dava conta do bem que ia ser para o meu progresso literário, mais eu me confundia em meus medos. Quando eu conseguia com muito custo amoitar o assombro em um cantinho da minha coragem, eu fazia um esforço enorme para me concentrar no momento único, impar que estava prestes a participar. Mas era só dar uma trégua e soltar o cabresto da fobia que o medo se agigantava, soltava as garras de sua imensa força que eu mesmo criei dentro de mim sem o meu consentimento, mas que ao longo dos meus dias ganhou força enraizou-se e, está muito difícil arrancá-lo de dentro de mim. Como calmante natural recomendaram-me água com açúcar, bebi vorazmente como um sedento que acabou de sair de um deserto abominável. Mas nada disso surtiu efeito. Então só me restou falar pra mim mesmo: que seja feita a vontade de Deus, e com a certeza de quem crê, acreditei que Ele nunca nos abandona num momento tão especial. E não me abandonou. Tudo transcorre-se na mais perfeita normalidade.

Plenamente instalados, lá fomos nós rumo a São José (grande Florianópolis), no auditório Maria Luiza de Melo onde eu e Silvia receberíamos um Troféu alusivo ao Escritor Osvaldo Deschamps (in memoria). A viagem transcorreu-se normalmente, o sol ardente que me seguia desde Turvo, sequer me abandonou, continuou “me aquecendo” como quem dizia: ─ “vai firme que eu transmitirei a você as minhas mais fortes energias para te dar forças no momento oportuno”.
E assim se fez, chegamos com segurança e inteiros. A festa de entrega do troféu deu-se na mais perfeita harmonia com os premiados mais famosos declamando poemas desconcertantes, arrancando aplausos da plateia. Além de trazer em minhas mãos um troféu que me deu credenciamento como reconhecimento pelo trabalho da minha participação no livro de Antologia intitulado “Falando de Amor”, ganhei em aprendizado que certamente me propiciará alçar altos voos nessa empreitada literária e, também trouxe comigo a certeza de que temos muito que fazer em Turvo, SC, especialmente em se tratando de cultura literária e artes plásticas. Estamos a milhares de anos luz em se comparando com outras regiões do estado, especialmente daqueles na região da grande Florianópolis. Também sei que alguns incrédulos dirão: Oh, mas a região da capital do estado é bem maior, maior poderio econômico; pode ser, porém nós aqui também temos alguma riqueza.  Temos nada mais nada menos do que o titulo de “capital catarinense da mecanização agrícola”, que por si só já se credencia como cidade referencia na região. Titulo que nos mensura sair da mesmice, projetar novos rumos sem medo de errar. Mas nem isso nos põe numa referencia literária. Então, porque não ousar, ir além do que se pensa, criar mecanismos que nos propiciem galgar mais um reconhecimento; o de município forte em cultura com a participação de todos os valores que por hora estão ocultos por falta de apoio, mas que, se bem trabalhados renderão frondosos frutos na estante cultural da cidade e, consequentemente ganharão as gerações vindouras. Tomo a liberdade de por no ar este desafio e, quem sabe num futuro próximo poderemos ver em muitos outros lares turvenses troféus como este que acabei de receber enfeitando e premiando grandes artistas, nas mais diferentes áreas culturais.  Ganha o Turvo e, ganha ainda mais os turvenses como um todo. Meu sonho é ver muito mais pessoas lendo, quer seja crianças, adultos e idosos. Ler faz bem ao conhecimento, põe-nos em uma viagem fantástica por caminhos que muitas vezes sequer imaginamos percorrer, sobretudo, no que tange o conhecimento intimo, a desvinculação dos padrões dominantes; ler cria-nos um senso critico e de discernimento, torna-nos donos da palavra, dá-nos um poder de decisão sem igual capaz de propiciar maior poder de escapadela de iludidores oportunistas. Enfim, ler tem a capacidade de nos formar cidadãos mais bem informados e melhores orientados em qualquer área de formação sem mesmo ter de enfrentar horas a fio em desconfortáveis bancos escolares. Ler ensina antes mesmo de aprender.

Finalmente quero aqui de público estender minha eterna gratidão a duas pessoas especiais que surgiram em minha vida como que de supetão. É sim, de supetão, pois tudo foi tão rápido que mal assimilei o bem que me fez. Enquanto que eu luto desde meados de 2009 para publicar meu livro de família (Família Dandolini, 135 anos no Brasil), em pouco tempo, a cerca de 100 dias fui convidado, participei com sete paginas de poesias no livro de Antologia e, como consequência disso veio a coroação: o troféu Osvaldo Deschamps de Literatura e Artes. Falo de Célio Gilberto Silva e Silvia Goulart Vidoto. Ele presidente da associação de Antologia da região da grande Florianópolis, ela amiga de Celio. Através da Silvia eu construí uma ponte que me possibilitou chegar do outro lado da margem do rio das possibilidades e, alçar meus voos rebentos, e, que certamente outros advirão na rabeira deste nascimento. Obrigado a você nobre Célio Gilberto Silva e a você Silvia Goulart Vidoto, sem esquecer a Rosimeire Goulart Brognole irmã de Silvia e, que tanto me deu forças.  A ambos a minha eterna gratidão e carinho. É o mínimo que posso fazer. Sem a imponente ajuda eu sequer sairia do chão da minha ignorância. O combustível que por hora vocês abasteceram o tanque das minhas possibilidades certamente movimentará o avião da minha esperança e, os voos cada vez mais altos em vez de rasos, se tornarão muito mais frequentes e altos nos céus do meu pequeno mundo, sobretudo em minha terra natal, ao qual pretendo plantar a semente do leitor assíduo e assistir de camarote os leitores mirins lendo todo tipo de leitura. Se for conseguir meu intento, só o tempo dirá, entretanto, após a injeção de animo recebida na noite de ontem (22/09/2012) tenho a nítida certeza de que a luta continuará na busca de meios eficazes neste mega projeto. 

Livro de Antologia

Quem quiser adquirir um destes livros (vide foto) tenho em mãos alguns exemplares. Esta obra é uma publicação da Associação de Antologia da grande Florianópolis e, que abriu as portas para nós (eu) escritores iniciantes com a participação de 07 páginas em média cada. São poesias e contos da mais alta qualidade, rigorosamente selecionados, com registro no ISBN (BN). Portanto, pra quem gosta de romantismo, este livro é uma grande pedida. Somos um grupo de 27 escritores que formam o livro com 10 amadores/iniciantes, fazendo parte comigo Silvia Goulart Vidotto de Urussanga e sua irmã Rosimeire de Sangão, SC.




domingo, 16 de setembro de 2012

Sábado a tarde como se sabe é dia de descansar; não para quem se propõe a escrever, especialmente pra quem gosta de história. Em se tratando de pesquisa, modéstia a parte tenho me dedicado muito, mas para que isso renda frutos, é preciso garimpar fatos e fotos, com os quais enriqueçam a obra escrita. Porque estou nessa lenga lenga? Justamente porque hoje reservei o sábado de folga e fui em busca
 de uma foto que ilustraria e, que está faltando em meu livro nº 02. Segui a trilha indicada, meu destino Timbé do Sul, SC. Até ai tudo bem, nada de extraordinário, porém um fator preponderante me chamou a atenção. Ao seguir o caminho que me levaria rumo a serra da Rocinha onde por indicações eu encontraria o que buscava, me deparei com uma estrada de chão batido num caos absoluto. Não sei de quem é a responsabilidade na manutenção daquele trecho, se é do Estado ou do município, o que sei é que ela está intransitável, pra não dizer coisa pior. Penso que em dias de chuva tem certos pontos que daria pra pescar alguns peixes devido aos buracos existentes. Pra finalizar, eu estou a procura de um ENGENHO DE CANA DE AÇÚCAR, com coxos de madeira rústico, caldeira de cobre confeccionado manualmente e MOENDA daquelas antigas, que é movido por animais. Eu até que encontrei um, só que não é do jeito de que preciso. Se alguém tiver ou souber de uma raridade dessas por favor me indique que eu vou lá fotografar, e a pessoa que tiver, seu nome ficará gravado no livro.