domingo, 15 de maio de 2011

Mais uma semana...


Mais um final de semana se aproxima. Mais uma semana de trabalho que se avizinha, e a agonia da vida segue minha via-crúcis. Assim é minha vida, indo e voltando no caminho para labutar diariamente. Dessa forma, no dia-a-dia busco um outro caminho que assemelha um poço sem fim. A minha vereda da escritabilidade. Acerca da vontade, sujeito-me a exigências que a lógica da vida me permite. Portanto, vivo a procura do inalcançável, parecendo haver um abismo infinito a minha frente, sobretudo, ao me deparar com situações que parecem não haver solução. Já li sobre isto, de que “quando tudo parecer sem solução, é porque solucionado está”. Isto me aflige. Há muito tempo, luto arduamente aventando por o meu humilde trabalho na praça, porém, quando tudo parece se ajeitar no quebra-cabeça, sempre surge um fato novo a desencaixar-se das peças.
Meus trabalhos estão se acumulando, e o rebento ainda está encalhado na prateleira da descrença, do desrespeito, da ignorância de quem “não quer ver”, enfim, fico eu no meio deste fogo cruzado, aventando encontrar um vivente de boa vontade que possa deslanchar-me, e, pôr-me no caminho que mereço.
Enquanto perambulo por este mundo a fora, peço diariamente a Deus que me mantenha no firme propósito de meu projeto, e, que eu jamais desista de meus sonhos, sobretudo, no que tange a lançar meu rebento (livro), que pacientemente aguarda ainda vivo na bolsa gestativa do tempo. Espero que o Doutor da sabedoria e do apoio não demore demasiadamente para aparecer afim de que meu primogênito que a muito aguarda uma oportunidade para ser visto por todos nas prateleiras da esperança, morra por falta de atenção e uma mão amiga.
Diante de tantos impasses, creio eu, de que ainda não chegou á minha hora. A partir do momento que o primeiro exemplar ganhar as ruas, certamente, o sucesso será uma consequencia do labuto por hora enfrentada.
Ansioso, vivo um dia após o outro, feliz por ter a capacidade de quem sabe um dia poder proporcionar o retorno de fatos quase esquecidos no baú do tempo, ressuscitando-os e tornando-os vivos na memória contemporânea de meus consanguíneos. Em cada manhã, acordo no sabor da brisa matinal que banha meu rosto; no clarão da aurora boreal que rasga a cortina da noite, enlevando mais um novo dia; no brilho da estrela matinal vislumbrada de luz e paz no horizonte; e, sensivelmente aquecido pelos raios solares de mais um amanhecer no meu querido sertão. Com estes preceitos, vivo cada dia, desmerecendo da pressa, pois ela tornar-se-ia minha mais atuante inimiga, sobretudo, no que tange a perfeição de meus atos...
Mais um domingo cinzento insurge, uma semana de lutas se foi, muitas outras logo insurgirão, rasgando o véu de muitas madrugadas semanais com a certeza de que novas oportunidades se avizinharão para que minhas lutas jamais cessem meu esperançoso coração...